A gente ri, sofre, chora, esperneia, transforma choro em gargalhada, grita com o mundo, faz charminho, sobe no salto, roda a baiana. Mas não é isso que toda mulher faz? É. Qual a diferença? A diferença é que a gente conta.
A gente conta da transa rápida no banheiro, a gente conta do cabelo branco, da falta de sucesso no trabalho, da saudade do ex. Fala das coisas felizes, das conversas com as amigas, mas compartilha também as coisas que doem, como o amor não correspondido e as crises do tempo. Não nascemos pra princesa, mas damos de rainha com bastante frequência. Toda rainha sabe rir de si mesma, ainda que pra isso saia anônima, plebeia.
Mulheres de Quinta surgiram numa quinta-feira qualquer em 2008. O que era terapia coletiva em mesa de bar acabou virando desabafo on-line. Com o tempo descobrimos nossas dissonâncias – e que essa tal de “visão feminina do mundo” não pode ter um padrão. Somos múltiplas (curtimos múltiplos!), somos diferentes entre nós. Nesse caminho descobrimos que nem o corpo é limite do feminino, e assim incorporamos algumas de nós que são mulheres apesar da anatomia. Afinal, ser mulher é pra quem tem coragem, não é mesmo?
(se identificou? quer publicar? escreve pra gente: mulheresdequinta@gmail.com)
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