Eu ia escrever…

Eu-ia-escreverNós, Mulheres de Quinta, interagimos de forma cada vez mais frequente, diria que é um saudável vício diuturno, que se estende de domingo a domingo, por email, telefone, MSN, pessoalmente, teleboy ou transmissão de pensamento. Às vezes estamos reunidas, falando ao mesmo tempo e em clima de cumplicidade. É lógico que todas se entendem, pois tal habilidade é natural entre nós, mulheres, que fazemos muitas coisas ao mesmo tempo. Em outros momentos, choramos, rimos ou sonhamos aos pares, por princípios de identificação ou necessidade de desabafar para aquela amiga.

Um desses encontros ocorreu em uma sexta-feira, durante um breve e maravilhoso happy hour, em que, como sempre, eu aprendi coisas interessantes.

Muitas sugestões de crônicas surgiram no meio das eloquentes conversas, pois uma serve de inspiração para outra e acabamos contaminadas, além de definir, como se fosse uma pauta, quem vai falar deste ou daquele assunto. Só que o acordo dos temas não é algo assim, como diria, “compromisso moral”.

A gente diz que vai escrever sobre determinada proposição, mas muitas coisas acontecem entre a mesa do bar e o computador de cada uma de nós. As ideias se dissipam e até se transformam, como está acontecendo comigo agora. Só que a promessa da crônica foi realizada por mim, uma das anônimas do blog, mas o texto legal e desprendido que sai deste ’corpitcho’ é da Laïla, a minha caprichosa inspiração que só se personaliza quando quer e tem vontade. Já faz 24 horas que chamo pela Laïla e nada.

Assim, mudei a pauta, como faria uma repórter que sai para cobrir a quermesse e acaba encontrando o Papa. Hoje estou me achando e quero mais é assumir a personagem de papisa da minha oportunidade e, quem sabe, reforçar o compromisso de um dia escrever sobre o tema que prometi. Aproveito a minha singular chance para deixar um recado para Laïla: “Obrigada por permitir a minha manifestação, mas aparece logo porque as Mulheres de Quinta merecem palavras mais espirituosas”.

 

Foto: Tommy Johansen/Stock.xchng

A gente é vip

Saímos na revista VIP! Sem nem mostrar os peitos!

Nosso blog foi selecionado para a coluna Direto do blog delas. Tá na edição de outubro, página 170.
Um “obrigada” imenso ao pessoal da revista, que foi muito gente fina; a todas as mulheres e blogueiras de quinta, que têm feito esse espaço mais divertido e interativo; e aos nossos queridos homens de todos os dias… por sempre nos darem tanto assunto!

A história oficial

Tá, eu já cansei de explicar, vou contar tudo de uma vez e depois já chega de repetir essa história, que ela é parecida com um monte de outras histórias.

Começou porque a gente andava com vontade de sair e se ver e uma das gurias ia viajar pra longe, morar fora, então foi aumentando a freqüência dos encontros, das saídas, dos bares. Na verdade, em geral era sempre o mesmo bar, ali na República, a gente ia pra lá porque dava pra conversar e beber e comer e fumar e não rolava tanta caçação (bah, será que é assim que se escreve isso? Porque a gente sempre fala, mas nunca escreve essa palavra, e ela fica muito feia assim), era mais conversaiada de mulher mesmo. E acabava saindo sempre às quintas, porque no fim de semana a gente também precisa se preocupar com outras coisas, né? Também tinha trabalho, dança, ginástica, espanhol, inglês, aramaico e o escambau, e calhava que na quinta era o único dia que em geral todo mundo podia. Daí foi assim, e não sei bem por que sempre tinha só mulher, amigas das amigas, a gente nunca disse que tinha que ser assim, mas foi. Um dia a gente viu que seria divertido ter um nome e surgiu essa história de mulheres de quinta, era só uma piada e tal, que muitas de nós achavam que o nome era meio, ai, como é a palavra, ah, pejorativo, afinal de quinta categoria nenhuma de nós é, pelo contrário, somos ótimas, incríveis, felizes, bem-sucedidas e descoladas como são todas as pessoas que falam em si. Mas a piada foi pegando, e a gente também sabe rir de si mesma. Aí surgiu a coisa do blog e a gente se propôs a escrever. Mas acabou que ninguém escreveu no prazo previsto e a idéia ia morrer se não fosse aquela amiga que já tava morando fora ficar com saudade daqui e abrir uma sucursal das mulheres de quinta nos Estados Unidos e daí começar a encher a paciência pro tal blog ir pro ar, com correspondentes internacionais e tudo.

E aqui tá ele. Pronto, não repito mais.

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