Exigente, eu?!

Exigente-euDia desses meu amigo Zé me disse: “Vocês mulheres de 30 (e poucos) estão ficando muito exigentes, assim vão acabar solteironas”.

Minha resposta imediata foi: “Exigente, não!”. Somente não nos contentamos com qualquer coisa. Se for para namorar um bonitinho e ordinário, um problemático ou um perdido na vida e pé rapado fico sozinha e feliz – já me bastam os meus problemas.

Nosso “debate” durou horas e meu amigo Zé me confessou que as mulheres de 20 (e poucos) têm sido a melhor escolha, afinal de contas elas não questionam, querem é ajudar. Para as de 20 o futuro são só flores e não há sapos, só príncipes.

Me lembro quando tinha 20 anos e adorava fazer o papel de psicóloga e também de secretária do ser amado, ajudando-o com todas suas dúvidas existenciais e problemas familiares – de quebra, ainda ajudava a organizar a casa e a agenda. Realmente não questionava nada, achava que com meu ombro amigo e poder de organização o “príncipe” ficaria cada vez melhor e viveríamos felizes para sempre.

Não me arrependo dos erros que cometi, só errando que se aprende. Enquanto o Zé segue colecionando as meninas de 20 (e poucos) – só esse ano ele já teve três “grandes amores” –, sigo aqui na minha solteirice, aberta a novas pessoas, mas sem me atirar pra qualquer coisa que apareça.

Não estou à procura do ser perfeito, todo mundo tem defeitos e problemas, o que não quero é um Zé da vida que precisa apenas receber sem querer dar nada de si. Uma relação sem parceria, sem troca, sem amizade, enfim, sem cumplicidade não me serve. Não acho que serei uma solteirona, aprendi a acreditar naquela máxima que diz: antes só do que mal acompanhada.

 

Foto: Josep Altarriba/Stock.xchng

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