Tu decide que não quer mais nada de romance na vida, que só vai pegar para fins fisiológicos e era isso. Daí aparece um cara muito legal, todo mundo te diz que ele está apaixonado por ti. Depois de muitas gentilezas, tu dá uma pequena abertura ao rapaz.
Pronto! Surge uma declaração daquelas de cinema, de tirar o fôlego, e tu resolve engolir tudo que disse sobre não viver mais nenhum romance e te joga nos braços dele. O sexo é ótimo, jantar à luz de velas, passeios no final de tarde de domingo. Cruzes! Até parece um conto de fadas, corações e violinos com cupidos ao redor.
Em um destes lindos jantares, ele segura na tua mão com os olhos marejados e diz: “Não quero perder isto que estamos vivendo, estou muito feliz”. E, naquela mesma semana, SO-ME COM-PLE-TA-MEN-TE.
Concluo que está viajando, trabalhando muito, mas depois de três dias resolvo ligar, não atende, ok, deve estar em reunião. Mando mensagem, não responde, fico em silêncio também. Mais dois dias, envio um e-mail perguntando se está tudo bem, se vamos nos ver no final de semana. Resposta: “Acredito que devemos nos afastar para nos preservamos. Por favor, não fica triste comigo. É um afastamento estratégico”.
Triste não fiquei, e sim puta da cara. Juro, juro que não sei qual a moral da história, e agora já não quero mais saber. E, quando digo que não acredito mais no tal do romance, as pessoas ainda duvidam.