Hoje alguém me acusou de ser otimista. Ok, ok, não foi bem uma acusação, mas deu pra sentir que o otimismo é minha característica mais marcante para esse amigo – arrisco que ele vê isso como um pouco irritante e excessivo.
Tempos atrás uma conhecida disse que achava difícil eu me adaptar em um novo lugar, por ser tão séria e reservada. Pessoal que trabalha comigo me tem como um pouco insana, inconsequente e impulsiva. E muita gente me tira para responsável demais.
Múltiplas personalidades? Não, não, eu sou bem eu mesma, uma só. Acho que a imagem que a gente passa para o mundo acaba dependendo do grupo e da fase de vida. Provavelmente eu sou tudo isso que os outros pensam – em doses menores e mais equilibradas. Espero que sim! Ou talvez alguns deles só tenham me visto na TPM!
A gente faz o mesmo com os outros. Há algum tempo fui viajar com uma menina que conhecia havia três meses, com quem tive identificação imediata. Doze dias de viagem depois, a sorridente e saltitante recém-conhecida tinha se transformado numa quase-amiga emburrada. Com o tempo e a insistência, entendi que essas mudanças de humor fazem parte da personalidade dela – e acabamos virando muito-amigas.
Dia desses me disseram que eu não tinha sotaque – mas até então eu só havia dito “oi-tudo-bom”! A gente julga rápido demais. Dar chance para que as pessoas possam mostrar o melhor e o pior de si é conquistar a oportunidade de conhecer ótimos amigos e estabelecer relações sinceras. Só não dá pra fechar nossos olhos e ouvidos para as outras coisas boas (e más) que podem surgir.
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