Ele era um grude, não me deixava respirar outro ar que já não tivesse passado por ele. Em um dia, ficamos; no outro, já estávamos namorando. Um mês e meio depois, ele se mudou definitivamente para minha casa. No começo, não percebi que era obsessão. Quando ele pediu para ir junto no chá de panela de uma amiga, não me contive: “Vem cá, tu não sabe que esse tipo de evento é só para mulher, hein?“. Quase não me deixou ir… “Mas o que vocês aprontam lá que os homens não podem ir? Vocês chamam strippers, é?! Ai de ti se não me contar tudo!” Ligava de cinco em cinco minutos. Aliás, como sempre, fazia o mesmo em relação ao meu trabalho. Quase fui demitida por tantas ligações particulares. Se o ônibus atrasava, então, eu já sabia a cara amarrada que eu ia encontrar em casa pelo resto da semana. Cada ligação que eu recebia tinha que contar quem era e reproduzir palavra por palavra. Foram anos insuportáveis… Sufocantes. Olhando para trás, não sei como levei tanto tempo para enxergar. Hoje, longe dele, no ar que eu respiro, eu sinto prazer…
Foto: Scott Adams/Stock.xchng
e ele demorou mto p/ desapegar ou ainda ficou c/ perseguião? tenho um caso de perseguição q contei no meu blog.. q me lembrou mto esse caso seu.
Ah… esse tipinho sempre tenta, né? Fica ligando sem parar, manda mensagenzinhas de arrependimento no celular e só sossega quando a gente não resiste e passa a atender as ligações. E aí volta tudo ao que era antes… O negócio é não atender nunca e nem responder as mensagens. É preciso ignorar, ser firme e ter a convicção de que não queremos mesmo isso para a gente. Dá certo!